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O Centro Universitário de Viçosa (Univiçosa) integra o grupo de instituições envolvidas na execução do projeto “Saúde nas Fronteiras da Agricultura e Tradição: Inquéritos de Saúde em Populações Rurais Brasileiras”, que tem como objetivo analisar as condições de saúde das comunidades rurais do país. A pesquisa, destinada a ser realizada em regiões interioranas, foi aprovada no edital CNPq/Decit/SECTICS/MS Nº 29/2024, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com um investimento total de R$ 980 mil.
O projeto possui um caráter multicêntrico, terá duração de três anos e contará com a participação de pesquisadores de diversas instituições do Brasil: Centro Universitário de Viçosa (Univiçosa), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Por meio do estudo, os pesquisadores buscarão compreender as condições de saúde das populações rurais brasileiras (agricultores familiares, ribeirinhos, quilombolas, moradores do sertão e trabalhadores do agronegócio), identificando prevalências de doenças, hábitos de vida e determinantes sociais, possibilitando assim subsídios para a formulação de políticas públicas mais eficazes e justas.
No Sudeste, a liderança está a cargo da professora Luiza Veloso Dutra, do curso de Nutrição e coordenadora da Pós-graduação em Gestão de Saúde Pública da Univiçosa. “A Univiçosa liderará a coleta de dados na região Sudeste, considerando a diversidade cultural, socioeconômica e ambiental das populações estudadas. A participação da Univiçosa reafirma nosso compromisso com a produção de conhecimento voltado para a realidade local e nacional”, destaca Luiza.
Segundo a professora Luiza, o projeto considera as especificidades regionais, essenciais para uma avaliação abrangente e precisa da saúde nas áreas rurais. “O apoio do CNPq, junto ao Ministério da Saúde, assegura os recursos necessários para a realização de projetos dessa magnitude refletindo o compromisso nacional com estudos que abordem as desigualdades regionais e os determinantes sociais da saúde. Nosso trabalho será garantir resultados confiáveis para elaboração de modelos epidemiológicos que apontem as necessidades dessa população e impactem positivamente a gestão da saúde pública”, ressalta a docente.
Para a professora Luiza Veloso Dutra, “o projeto oferecerá contribuições tanto para as comunidades atendidas quanto para a formação acadêmica. Ele possibilitará a aplicação de metodologias inovadoras em contextos diversos, fortalecendo a inserção de estudantes de graduação nas atividades de pesquisa (iniciação cientifica e trabalhos de conclusão de curso). E vamos contar ainda com a nutricionista Carla de Souza Rocha, responsável pela clínica de nutrição da Univiçosa atuando conosco no desenho, coleta de dados e análises do estudo.”
A nível nacional, a pesquisadora Jane Kelly Oliveira Friestino, do Laboratório de Epidemiologia das Doenças e de Outras Condições Crônicas (Epidoc) e docente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), lidera o projeto. Sua experiência fortalece o desenvolvimento de um trabalho colaborativo entre as instituições parceiras.