
Mais um benefício da vitamina C
* Grasiely Fernandes Roberto
A Vitamina C (Ácido Ascórbico), além de ser um poderoso antioxidante e influenciar positivamente na absorção de ferro pelo organismo, é também uma vitamina hidrossolúvel importante para o organismo humano, pois desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e regeneração dos músculos, pele, dentes e ossos, na formação do colágeno, na regulação da temperatura corporal, na produção de diversos hormônios e no metabolismo em geral. Sua deficiência causa problemas como o escorbuto.
Pesquisa realizada no Canadá por cientistas do JGH (Jewish General Hospital) constatou que o tratamento com Vitamina C proporciona melhora rápida no estado emocional agudo de pacientes internados. Os pacientes do JGH foram escolhidos aleatoriamente por meio de um ensaio clínico para receber Vitamina C ou suplementos de Vitamina D durante sete dias. Os pacientes que administraram a Vitamina C tiveram uma melhora rápida, estatística e clinicamente significativa no estado de humor, enquanto os que receberam suplementação de Vitamina D não apresentaram nenhuma mudança significativa.
Segundo o pesquisador John L. Hoffer, estudos anteriores demonstraram que a maioria dos pacientes agudos hospitalizados apresenta níveis subnormais de vitaminas C e D no sangue. “Cerca de um em cinco pacientes de cuidados agudos em nosso hospital têm níveis de vitamina C tão baixos que são compatíveis com escorbuto, mas os pacientes raramente recebem suplementos vitamínicos. A maioria dos médicos simplesmente ignora o problema. A deficiência subclínica de vitamina C e D tem sido associada a anomalias psicológicas, por isso analisamos este aspecto em nosso ensaio clínico”, diz.
Hoffer acrescentou ainda: “A falta de qualquer efeito da vitamina D sobre o humor é uma boa evidência de que não estamos lidando com uma resposta placebo; isto parece um efeito biológico verdadeiro. Nossa descoberta definitivamente requer acompanhamento em estudos maiores em outros centros. O tratamento é seguro, simples e barato, e poderia ter grandes implicações na prática clínica.”
* Acadêmica do sexto período do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa. Texto revisado pela Gestora do Curso, Luiza Carla Vidigal Castro