A ANVISA (Agêncial Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a importação do Postinor, uma das pílulas do dia seguinte vendidas no Brasil. A Agência diz que os procedimentos da Gedeon Richter, empresa húngara responsável pela fabricação do Postinor-2 e do Postinor uno, não atendem aos regulamentos sanitários para produção de medicamentos de acordo com as normas brasileiras.
As duas versões do Postinor são contraceptivos de emergência, usados para evitar a gravidez após relação sexual sem proteção ou quando o método contraceptivo empregado falha.
A ANVISA também suspendeu a importação do anticoncepcional Femina, produzido pela mesma fábrica.
A Aché, responsável pela venda dos três medicamentos, esclareceu que nada muda para o consumidor: “Os anticoncepcionais Femina, Postinor-2 e Postinor uno continuam disponíveis no mercado para comercialização e prescrição médica. Os produtos continuam devidamente autorizados pela ANVISA em todo território nacional, não havendo nenhum comprometimento em relação a sua segurança, eficácia e qualidade”.
A companhia informou também que já adotou medidas para regularização de novas importações e aguarda deliberação da ANVISA.
“O consumidor deve ficar atento às recomendações da ANVISA e cobrar do farmacêutico os informes atuais da Agência. Outra consideração importante: a pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como um método contraceptivo comum, mas sim em casos de emergência, nas falhas de outros métodos. O uso prolongado da pílula do dia seguinte pode levar a sérios riscos à saúde da mulher”, analisa o Farmacêutico Marcos Rodrigo de Oliveira, Gestor do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa.