Um documento repleto de elogios ao SUS (Sistema Único de Saúde) foi divulgado recentemente pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O serviço público brasileiro de saúde é muito bom, no entanto precisa de mais recursos federais, pontua o documento.
Para Marcelo Dias da Silva, Professor de “Histologia” do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa, o sistema público de saúde pode melhorar muito, o que exige maior interesse do cidadão.
No relatório, um balanço dos 20 anos do SUS, a OMS analisa que em 2007 o gasto por pessoa no Brasil chegou a US$ 252, abaixo do que foi investido pela Argentina (US$ 336) e pelo Uruguai (US$ 431). O organismo internacional atribui a redução dos investimentos brasileiros em saúde pública ao fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira) e elogia ações como o PSF (Programa Saúde da Família) e a rede de serviços hospitalares – incluindo as cirurgias cardíacas, os exames laboratoriais e os programas de vacinação. Outro fator positivo, segundo a OMS, foi a descentralização da saúde.
Analistas da OMS dizem que os financiamentos da saúde pública no Brasil funcionam bem nos municípios, mas é precário nos Estados.
“Nosso País tem um dos sistemas de saúde pública mais avançados do mundo, porém ainda há muito a ser feito, o que vai ser conseguido através da cobrança política da sociedade. Precisa haver mais profissionais de saúde para acabar com as filas; é necessário diminuir o tempo de espera de resultados; e trabalhar melhor a prevenção, o que economiza dinheiro e melhora a saúde da população. Somente com mais profissionais de saúde o sistema público poderá, na prática, atender às necessidades da população”, diz Marcelo Dias.