* Camila de Melo Marques
A Quinoa, essencial na alimentação dos povos incas há mais de 8 mil anos, foi considerada um alimento completo pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) por reunir vantagens tanto de cultivo quanto nutricionais. Aos poucos vem sendo conhecida no Brasil, embora ainda não seja tão popular quanto a soja ou a linhaça.
Alimento altamente nutritivo, este grão possui proteínas de alta qualidade compostas de aminoácidos essenciais e não-essenciais, apresentando conteúdo protéico mais elevado do que os demais cereais, alto teor de fibras, baixo teor de colesterol, além das grandes quantidades de vitaminas B1, B2, B3 e minerais como ferro, fósforo e cálcio. Outro ponto importante: o grão não possui glúten, podendo ser consumido por portadores de doença celíaca.
Estudos clínicos mostram que a quinoa traz benefícios à saúde humana, melhora a resposta imune da inflamação, de lesões do tecido conjuntivo e de artrite reumatóide.
Disponível no mercado sob a forma de farinha, flocos e grãos, ela apresenta sabor suave, quase neutro, podendo ser utilizada como ingrediente tanto para alimentos doces quanto para salgados, no preparo de pães, pudins, mingaus e massas, dentre outros. Também pode ser consumida em saladas e sopas.
“A quinoa deve ser utilizada na alimentação humana em substituição a outros cereais, e apresenta a vantagem de possuir uma maior quantidade de aminoácido que os cereais comumente consumidos, além de um estudo ter demonstrado que este alimento apresenta uma boa digestibilidade. Isso significa que a quinoa é bem digerida pelo organismo. Entretanto, o elevado custo deste alimento ainda limita sua utilização”, afirma a nutricionista Vânia Nakajima, mestre em Ciência da Nutrição e professora da Univiçosa.
* Acadêmica do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa