
Celber Limonge
Em artigo recente publicado em seu blog [dorescronicas.com.br], o Fisioterapeuta Artur Padão Gosling comenta que a dor presente em pacientes com lesões no SNC (Sistema Nervoso Central) significa dor causada por uma lesão no centro de produção e de distribuição de informações para o nosso corpo: respectivamente, cérebro e medula. Essa dor pode provocar no indivíduo tanta limitação quanto as próprias consequências de um AVE (Acidente Vascular Encefálico), por exemplo.
O tálamo, ao produzir estímulos nervosos, necessita de um meio de condução que faça esses estímulos chegarem aos tecidos correspondentes: músculos, vísceras, pele e outros. Para isto, existem, neste percurso, várias estruturas envolvidas como, por exemplo, a medula e os neurônios com as bainhas de mielina. Portanto, qualquer lesão neste trajeto, ou seja, nesta via espino-tálamo-cortical pode promover a dor neuropática central.
Entre 60 e 70% das pessoas que sofrem lesões na medula vão sofrer essa dor, cuja sintomatologia envolve queimação difusa, constante, profunda ou superficial; disestesia [extinção ou afrouxamento da ação dos sentidos] e alodínia [dor resultante de estímulo não doloroso].
“A Fisioterapia não é o único tratamento, mas, através de uso de equipamentos elétricos, cinesioterapia e exercícios funcionais, contribuiu terapeuticamente para o controle da dor”, diz o Fisioterapeuta Celber Limonge, Gestor do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa.