Foi publicado na última edição da Revista Brasileira de Análises Clínicas o artigo “Influência de tinturas de fruto cereja e verde de café no tratamento do diabetes”, escrito por Luciana Marques Cardoso, Tânia Toledo de Oliveira, Agnaldo Rodrigues de Melo Chaves, Ricardo Antônio Zatti e Tanus Jorge Nagem. O trabalho está no volume 42 (2010), entre as páginas 249 e 253.
O Professor e Farmacêutico Ricardo Zatti é Gestor do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa. Tânia Toledo é Professora do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV (Universidade Federal de Viçosa); Agnaldo Chaves é fisiologista vegetal e Professor do Departamento de Produção Vegetal da UFAM (Universidade Federal do Amazonas); Luciana Cardoso, pós-graduanda em Bioquímica pela UFV, é Professora de Nutrição e Dietética II no Curso de Nutrição da Univiçosa; e Tanus Nagem é Professor do Departamento de Química da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto).
O artigo descreve um experimento realizado para avaliar o efeito das tinturas de casca cereja, fruto verde e fruto cereja da planta café (Coffea arábica L.) da variedade Catuaí Vermelho em ratos com diabetes induzido quimicamente.
A diabetes mellitus é um distúrbio crônico do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas e sua incidência tem aumentado nos últimos anos atingindo proporções epidêmicas. Evidências epidemiológicas vêm sugerindo que o alto consumo de café pode reduzir o risco de diabetes mellitus tipo 2.
Segundo Ricardo Zatti, substâncias presentes no café, como cafeína, ácido clorogênico, magnésio e trigonelina, podem afetar beneficamente o metabolismo de glicose em animais e humanos.
A partir dos resultados obtidos neste experimento, concluiu-se que todos os tratamentos “in vivo” com tinturas da planta café reduziram significativamente, em diferentes proporções, os parâmetros de glicose e triacilglicerol nos ratos diabéticos.
“Embora os resultados tenham sido promissores, o estudo com café ainda está em fase inicial, o que significa que a bebida café ainda não deve ser utilizada como adjuvante no tratamento do diabetes”, comenta Ricardo Zatti.