Buscar orientação adequada de um farmacêutico competente é essencial para tomar um medicamento de maneira correta ou até mesmo para ser encaminhado ao médico mais indicado. Esta é a opinião do Professor Marcos Rodrigo de Oliveira, Gestor do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa. Comentando estudo divulgado na Europa, Oliveira recomenda que o paciente recorra sempre a profissionais de confiança.
Centenas de milhões de euros foram economizadas pelos serviços públicos de saúde da Europa graças às farmácias, segundo pesquisa divulgada no Congresso Mundial da Farmácia e das Ciências Farmacêuticas, em Lisboa/Portugal. Muitas pessoas recorreram primeiro às farmácias antes de irem a um médico, se aconselhando com o farmacêutico sobre problemas gerais de saúde. O trabalho foi desenvolvimento pela PriceWaterHouseCoopers e pela Associação Finlandesa de Farmácias, em 2009, e envolveu quase 200 farmacêuticos.
O estudo indicou que as visitas às farmácias impediram 6,2 milhões de idas aos médicos de clínica geral e 750 mil acessos aos serviços de urgência por ano. Também evitaram 2,6 milhões de prescrições de medicamentos. Não se trata de substituir os médicos, alertam os autores. A verdade é que o farmacêutico bem preparado pode orientar em casos mais simples, e terá o bom senso de encaminhar o paciente a um médico, quando necessário.
“Como o acesso às farmácias é mais fácil do que ir a um médico, o farmacêutico bem preparado poderá orientar a pessoa de maneira consciente. É a colaboração do farmacêutico para com o médico. Um paciente com pressão arterial muito acima dos valores normais será orientado a procurar um centro de saúde ou um hospital, o que evitará complicações para sua saúde, podendo até evitar a morte. E o interessante é que esse contato entre farmacêutico e paciente pode ainda reduzir custos”, diz o Gestor de Farmácia da Univiçosa.