O período de chuvas se aproxima e é importante mapear os pontos de risco para evitar epidemias de dengue. O MS (Ministério da Saúde) faz a parte dele, mas os gestores de cada município precisam utilizar bem os recursos disponíveis para identificar as áreas ameaçadas, buscar dinheiro junto aos governos e adotar medidas de prevenção e controle enquanto é tempo. É o que diz a Enfermeira Alessandra Santos de Paula, Gestora do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, mantida pela Univiçosa, comentando uma nova ferramenta anunciada pelo MS: o “Risco Saúde”, que utiliza cinco critérios básicos — incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação do Aedes aegypti (vetor da doença) e tipos de vírus em circulação, cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo e densidade populacional.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Risco Dengue parte de dados já disponíveis nos municípios e estados e define ações a serem realizadas por todas as esferas de gestão do SUS (Sistema Único de Saúde). Para os 26 estados e o Distrito Federal, o risco de epidemia aumenta em municípios de maior porte e regiões metropolitanas que não tenham enfrentado epidemia recentemente nem tenham alta circulação do sorotipo viral predominante no país. Ausência ou deficiência dos serviços de coleta de lixo e abastecimento de água, além do índice de infestação pelo mosquito transmissor, também são indicadores importantes de risco para dengue.
Com base no cruzamento destes dados, o Ministério da Saúde alerta que, para o verão de 2010/2011, dez estados brasileiros têm risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue, nove estados têm risco alto e cinco estados mais o Distrito Federal têm risco moderado.
“Entre as ações imediatas destaco as visitas domiciliares, mutirões de limpeza urbana, reforço da coleta de lixo, eliminação e tratamento de criadouros nas residências, aplicação de larvicidas e inseticidas e busca ativa de casos de óbitos suspeitos de dengue”, alerta a Gestora de Enfermagem da Univiçosa.